Mês: fevereiro 2018
Orientações para elaboração da redação – atividade 1
ORIENTAÇÕES: A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o TEMA: A PROPAGANDA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E O INCENTIVO AO CONSUMISMO
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Escreva no mínimo 15 linhas e no máximo 30 linhas. Dê título para a sua redação.
A redação deve ser feita com caneta azul ou preta. Na avaliação de sua redação, serão considerados:
- a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto;
- b) coesão e coerência do texto; e c) domínio do português padrão.
TEXTO 1
consumismo
substantivo masculino
1. ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’).
“a recessão refreou o c”.
2. consumo ilimitado de bens duráveis, esp. artigos supérfluos.
“a sociedade de consumo caracteriza-se por um c. delirante”
TEXTO 2
Nove em cada dez usuários de Internet recebem spams em seus e-mails corporativos, segundo estudo realizado pela empresa alemã Antispameurope, especializada em lixo eletrônico virtual. Cada trabalhador perde, em média, sete minutos por dia limpando a caixa de mensagens, e essa quebra na produtividade custa € 828 – pouco mais de R$ 2,3 mil – anuais às empresas.
Tomando-se como base os números apontados pela pesquisa, uma corporação de médio porte, com mil funcionários, perde, portanto, € 828 mil por ano – ou R$ 2,3 milhões – com esta prática que é considerada, apesar de simplória, uma verdadeira praga da modernidade.
O spam remete às mensagens não-solicitadas enviadas em massa, geralmente utilizadas para fins comerciais, e pode de fato prejudicar consideravelmente a produtividade no ambiente de trabalho.
Um relatório da Symantec, empresa de segurança virtual, mostra que o Brasil é o segundo maior emissor de spam do mundo, com geração de 10% de todo o fluxo de mensagens indesejadas na rede mundial de computadores. Os campeões são os norte-americanos, com 26%. […]
(Rodrigo Capelo. http://www.vocecommaistempo.com.br. Acesso em: 23/09/2012. Texto adaptado.)
TEXTO 3
O consumismo é uma compulsão que leva o indivíduo a comprar de forma ilimitada e sem necessidade bens, mercadorias e/ou serviços. Ele se deixa influenciar excessivamente pela mídia, o que é comum em um sistema dominado pelas preocupações de ordem material, na qual os apelos do capitalismo calam fundo na mente humana. Não é à toa que o universo contemporâneo no qual habitamos é conhecido como “sociedade de consumo”. Depois da Revolução Industrial, que possibilitou o aumento da escala de produção e incrementou o volume de mercadorias em circulação, o mundo se modificou profundamente. Com a industrialização veio o desenvolvimento econômico nos moldes do liberalismo e o consumismo alienado, ou seja, é como se as mercadorias fossem entidades abstratas e autônomas, independentes dos esforços humanos. Porque agora o homem não consome mais, como outrora, os produtos que ele mesmo elabora. Ele se encontra apartado dos frutos de seu próprio trabalho.
https://www.infoescola.com/psicologia/consumismo/
TEXTO 4
Sem alfabetização não há como avançar
Fonte: Todos Pela Educação
Até quando vamos tolerar que mais da metade das crianças brasileiras não estejam alfabetizadas? Que país é esse que não coloca como prioridade erradicar o analfabetismo? Qualquer debate sobre a qualidade da Educação Básica pública que queremos para o Brasil passa por uma alfabetização de qualidade, fundamental para que as crianças leiam e escrevam com autonomia e, assim, avancem ano a ano, usufruindo plenamente das oportunidades de aprendizagem dentro e fora das unidades de ensino.
Nesse sentido, os resultados da última edição da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) 2016 são imprescindíveis para discutirmos, às portas de mais um ano eleitoral, a gravidade de termos 54,7% das crianças com nível insuficiente de proficiência em leitura ao fim do 3º ano do Ensino Fundamental, quando grande parte dos alunos já está com 9 anos. Isso significa que elas estão partindo para o 4º ano sem conseguir, por exemplo, identificar relações simples de causa e consequência em pequenos textos. São crianças que já apresentam, de saída, um comprometimento da vida escolar e, consequentemente, de uma vida plena, autônoma e cidadã.
As consequências destes resultados para o país também são graves. Socialmente falando, estamos aceitando um quadro de estagnação no nosso sistema público de ensino, o que atinge diretamente a base para o desenvolvimento do País. Por isso, a alfabetização deve ser um compromisso de Estado, e não de governos.
Um cálculo do Todos Pela Educação a partir dos resultados da ANA 2016 e na variação observada entre as duas edições da prova mostra que, no ritmo que estamos seguindo, levaríamos, por exemplo, 76 anos para termos 100% das crianças proficientes em leitura ao fim do 3º ano. Ou seja: com esses passos de formiga, precisaremos de três quartos de século para sermos um País justo em termos de oportunidades educacionais básicas.
Os resultados da ANA mostram a urgência de darmos centralidade política para a Educação. É inadmissível que metade das crianças brasileiras não esteja alfabetizada ao final do 3º ano do Ensino Fundamental. Enquanto a política pública não responder a esse cenário, continuaremos sendo, para usar o mesmo vocabulário indicado na escala do MEC, um país insuficiente.